terça-feira, 17 de maio de 2011

All about

Muitas coisas eu fui esquecendo... Já.
Nada premeditado, até porque se fosse assim eu ainda lembraria, sem dúvida. Afinal, embora clichê, quanto maior é a vontade de não pensar no que se viveu, mais difícil fica esquecer.

Mas minha amnésia é natural, embora pareça um tanto proposital quando os amigos buscam relembrar alguns episódios. Inocentemente, claro, apenas para contextualizar alguma história. Eles não têm culpa por eu ser assim desmemoriada. Será?

Talvez escrever seja não esquecer... Ou justamente o oposto.

Hoje, percebi que dói um pouco saber por você
que ainda lembra (que um dia a gente foi pra valer).

domingo, 20 de março de 2011

Modern Love

This modern love breaks me
This modern love wastes me



347 days of summer.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quotes

Veronica: Why do people always let you down? No matter how much you've done for them. Don't you find that to be true?
Shane: That's why I try not to need anything from anyone.
Veronica: I want you to teach me how to do that.

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Juan Antonio: Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic.

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Narrator: Cristina continued searching... certain only, of what she didn't want.

domingo, 9 de janeiro de 2011

De antigamente

Sempre fui a pessoa que dita as regras. Nunca a que as cumpre.

domingo, 26 de dezembro de 2010

The quitter

Confissão 117:
Nunca zerei um jogo de vídeo-game no modo hard.

terça-feira, 20 de julho de 2010

In a manner of speaking

Passion. It's blood screaming inside you to work its will.
From beneath you, it devours.
And there's no spark. No, not now. Just a missing piece.
But, somehow, she knows all that the little spark does is burn like hell.

sábado, 16 de janeiro de 2010

A cidade (por favor)


Diretamente dele.

Talvez, seja bem mais fácil do que a gente cisma em supor...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Coisas que achávamos que não existissem

Não basta ser enterro de anão.

Qual será o próximo? Filhote de pomba, cabeça de bacalhau ou Roberto Carlos de bermuda?

domingo, 21 de junho de 2009

Humor negro

"Se beber, não dirija" é last week demais.
A moda agora é "Se beber, não vá de trem".

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Direitos autorais



Vi no Sedentário e acabei lembrando do ótimo Jamendo. Associado ao Creative Commons, o site é um grande depósito de músicas, disponibilizadas pelos próprios compositores, para download legal. Dependendo do tipo de registro selecionado pelo autor, as músicas podem ser utilizadas até comercialmente. O bacana é que a internet acaba sendo um veículo para artistas que nunca teriam uma divulgação na mídia tradicional. E o melhor é que tudo: é gratuito e dentro da lei.

Para conhecer mais sobre Creative Commons, copyright e obras livres é só assistir ao simpático vídeo explicativo.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Obstacle I

Hoje, as pessoas fazem Direito pensando no dinheiro e não na ideologia.
E assim nos tornamos brasileiros...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E cada vez mais eu acho que deveriam aplicar um teste psicotécnico antes de um casal ter filhos...
E não deveria ser fácil como o do Detran!

Nada de Siro Darlan, um dia a gente tem que fazer alguma coisa de verdade pelas crianças!

sábado, 4 de abril de 2009

Palavras

Chico Buarque é desses caras que rima "rock 'n roll" com "futebol" em uma música e usa "escafandristas" em outra.
E tudo fica tão bonito.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Gossip girl

Isto não é um desabafo. Está mais para constatação. Ou indagação, se assim preferir...

A minha vida realmente deve ser muito interessante pra ser acompanhada de perto por pessoas que eu ignoro completamente. Ou a vida dessa galera é que é mesmo vazia. Dizia eu, ainda essa semana, tudo é relativo.

Não consigo entender que prazer é esse em saber o que eu faço, com quem faço, por que faço... Não fosse o suficiente perder tempo bancando o Sherlock tupiniquim (ou seja, sem um décimo da classe britânica), ainda compartilham toda informação adquirida/deduzida. Acredito que Sherlock e Poirot pelo menos ganhavam uns trocados pela investigação...

É meio bizarro quando pessoas que você não sabe nem o nome acompanham a sua vida como uma novela. Pensando melhor, é triste, porque isso significa que esse pessoal não consegue ser nem protagonista da própria vida. Se fosse um capítulo de Gossip Girl (nunca tive paciência pra assistir a um inteiro, mas pelas chamadas já dá pra entender o seriado) essa turma seria a daqueles figurantes que ficam trocando sms entre si, fofocando freneticamente sobre a vida alheia a cada episódio. E, convenhamos, o principal é que eles estão deixando de viver a própria vida!!! Repara como é triste pra caramba!! É impossível não sentir pena de mentes tão microscópicas e ociosas assim.

Até uma letra tosqueira do Autoramas define bem a situação:

Sua vida anda mesmo sem graça,
Pois a única saída que você acha é me difamar
Isso até que veio bem a calhar
Eu estava precisando de alguém para me divulgar

Fale mal de mim
Fale o que quiser de mim
Mas por favor, não deixe que em nenhum momento
Eu deixe de estar no seu pensamento


Fazer o que, né? Tem gente que nasceu pra ser figurante!
xoxo

sábado, 14 de março de 2009

Mão de pai

(...) E também era engraçado quando comprávamos pipoca no meio da rua, com aqueles pipoqueiros suspeitos. Lembro da época em que um saquinho de pipoca era quase do tamanho de ¹/3 do meu corpo...
E sempre ficava uma parte pra fora do saco, sabe?
Meus pais tratavam de pegar essas pipocas que quase caiam do pacote de uma vez só. Enchiam a mão. Pra mim, essa parcela que fica pra fora do saquinho sempre será a mão de pai.

Hoje as minhas pipocas caem no chão.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Dumb, Dumb, Dumb, Dumb You Are!

Meu celular acha que eu escrevo mais a palavra "cuja" do que "aula".
E viva o T9!

terça-feira, 3 de março de 2009

Shame

Tarde. Praça de alimentação do Shopping Villa-Lobos, São Paulo.
Sentada sozinha em uma mesa de quatro lugares, pronta para desfrutar de mais uma refeição calórica e relativamente gostosa.
Faz calor e por ser a única opção próxima a um prédio empresarial, o shopping está cheio de executivos. Todo mundo aparenta ser bem mais velho, bem mais sério. Todo mundo menos eu.
Mas também, parece que eu sou a única que reparo e flano pelas redondezas da cidade.
O rosto de um senhor fazia parte da decoração da praça, sobre nossas cabeças. Aquele rosto e notas musicais, grafismos de partituras. Aquilo despertou minha curiosidade. Quem era aquele sujeito que estava estampado pelas paredes da praça de alimentação? Por que notas musicais? Seria alguma código?
Enquanto tentava descobrir mais sobre aquela conspiração, caiu a ficha. Me envergonho, porque a situação deve ter durado uns bons minutos. É o Villa-Lobos, sua esperta!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Os olhares tornam-se cada vez mais indiscretos.
Não pra ninguém especificamente.
Apenas para a vida.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mulher - Onde você vai?
Homem - Vou sair um pouco.
Mulher - Vai de carro?
Homem - Sim.
Mulher - Tem gasolina?
Homem - Sim…. coloquei.
Mulher - Vai demorar?
Homem - Não… coisa de uma hora.
Mulher - Vai a algum lugar específico?
Homem - Não… só rodar por aí.
Mulher - Não prefere ir a pé?
Homem - Não… vou de carro.
Mulher - Traz um sorvete pra mim!
Homem - Trago… que sabor?
Mulher - Manga.
Homem - Ok… na volta eu passo e compro.
Mulher - Na volta?
Homem - Sim… senão derrete.
Mulher - Passa lá, compra e deixa aqui..
Homem - Não… melhor não! Na volta… é rápido!
Mulher - Ahhhhh!
Homem - Quando eu voltar eu tomo com você!
Mulher - Mas você não gosta de manga!
Homem - Eu compro outro… de outro sabor.
Mulher - Aí fica caro… traz de cupuaçu!
Homem - Eu não gosto também.
Mulher - Traz de chocolate… nós dois gostamos.
Homem - Ok! Beijo… volto logo….
Mulher - Ei!
Homem - O que?
Mulher - Chocolate não… Flocos…
Homem - Não gosto de flocos!
Mulher - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
Homem - Foi o que sugeri desde o começo!
Mulher - Você está sendo irônico?
Homem - Não tô não! Vou indo.
Mulher - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
Homem - Querida! Eu volto logo… depois.
Mulher - Depois não… quero agora!
Homem - Tá bom! (Beijo.)
Mulher - Vai com o seu ou com o meu carro?
Homem - Com o meu.
Mulher - Vai com o meu… tem cd player… o seu não!
Homem - Não vou ouvir música… vou espairecer…
Mulher - Tá precisando?
Homem - Não sei… vou ver quando sair!
Mulher - Demora não!
Homem - É rápido… (Abre a porta de casa.)
Mulher - Ei!
Homem - Que foi agora?
Mulher - Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
Homem - Calma… estou tentando sair e não consigo!
Mulher - Por que quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
Homem - O que quer dizer?
Mulher - Nada… nada não!
Homem - Vem cá… acha que estou te traindo?
Mulher - Não… claro que não… mas sabe como é...
Homem - Como é o quê?
Mulher - Homens!
Homem - Generalizando ou falando de mim?
Mulher - Generalizando.
Homem - Então não é meu caso… sabe que eu não faria isso!
Mulher - Tá bom… então vai.
Homem - Vou.
Mulher - Ei!
Homem - Que foi, cacete?
Mulher - Leva o celular, estúpido!
Homem - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
Mulher - Não… caso aconteça algo, estará com celular.
Homem - Não… pode deixar…
Mulher - Olha… desculpa pela desconfiança, estou com saudade, só isso!
Homem - Ok, meu amor… Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
Mulher - Eu também! Posso futricar no seu celular?
Homem - Prá quê?
Mulher - Sei lá! Joguinho!
Homem - Você quer meu celular prá jogar?
Mulher - É.
Homem - Tem certeza?
Mulher - Sim.
Homem - Liga o computador… lá tem um monte de joguinhos!
Mulher - Não sei mexer naquela lata velha!
Homem - Lata velha? Comprei pra gente mês passado!
Mulher - Tá..ok… então leva o celular senão eu vou futricar…
Homem - Pode mexer então… não tem nada lá mesmo…
Mulher - É?
Homem - É.
Mulher - Então onde está?
Homem - O quê?
Mulher - O que deveria estar no celular mas não está…
Homem - Como!?
Mulher - Nada! Esquece!
Homem - Tá nervosa?
Mulher - Não… tô não…
Homem - Então vou!
Mulher - Ei!
Homem - O que ééééééé, caramba?
Mulher - Não quero mais sorvete não!
Homem - Ah é?
Mulher - É!
Homem - Então eu também não vou sair mais não!
Mulher - Ah é?
Homem - É.
Mulher - Oba! Vai ficar comigo?
Homem - Não vou não… cansei… vou dormir!
Mulher - Prefere dormir do que ficar comigo?
Homem - Não… vou dormir, só isso!
Mulher - Está nervoso?
Homem - Claro!!!
Mulher - Porque você não vai dar uma volta para espairecer?
Homem - Ah, vai tomar no c
. . ...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O vôo

É dessas histórias que a gente sempre lembra com saudade e se arrepende por não ter havido nem anúncio, nem despedida.

Minha avó costumava pegar meu irmão na escola, quando ele era piá, e caminhar uns bons metros até sua casa. O sinal da saída batia 16h30, eu lembro. Quando eu estava junto, costumavam parar na padaria, no mercado ou em qualquer outro comércio pequeno que havia ali por perto. Em todo lugar a minha avó era conhecida e tratava os funcionários com intimidade, chamando pelo nome e fazendo piadas. Mas hoje, quase todas as pequenas lojas deram lugar a prédios, igrejas ou super-mercados.
Não esqueço da nona contando como sugeriu ao dono do bar em frente ao Estádio Caio Martins que ele pintasse o símbolo do Botafogo na parede. Minha avó era botafoguense, ele era cruz-maltino. Mas a estrela solitária vingou e está lá até hoje. Acho que ele não sabe que minha avó morreu. Ninguém sabe. Ela apenas desapareceu do dia-a-dia deles, como outros tantos desaparecem. Em seus últimos meses a memória já falhava. Esquecera as compras do mês na padaria, mas jurava que havia as deixado no mercado. Brigou com deus e o mundo, xingou a caixa e falou que não voltava mais lá.
Mas a história do vôo é um pouco mais antiga... Como eu disse, meu irmão ainda era um gurizinho, que nem podia andar sozinho na rua. Continuando, no caminho de volta pra casa minha avó e meu irmão encontraram um passarinho ferido no chão. Meu irmão queria cuidar do indefeso animalzinho de qualquer jeito. Conclusão, eles levaram o pássaro para casa e tentaram consertar sua asinha quebrada. Embora o bichinho estivisse fraquinho, como qualquer criança, meu irmão acreditava na recuperação e foi dormir feliz, com a sensação de missão cumprida. Quando acordou, a primeira coisa que fez foi perguntar pelo pássaro. Estranhou ele não estar no lugar em que o deixaram. Na mesma hora minha nona disse:
- A asa do passarinho ficou boa e ele saiu voando pela janela ainda há pouco!
Meu irmão ficou bem contente com a notícia, afinal o passarinho poderia voltar pra natureza e pra sua família. Seria um final lindo, se fosse verdadeiro.
O que viríamos a suspeitar ou descobrir só alguns anos mais tarde foi que subestimamos a esperteza da minha avó e a gravidade dos machucados do pássaro. Naquela noite ele nunca melhorou. Mas não adiantaria dizer isso ao meu irmão. Ainda era muito cedo para lidar com a morte e perdas, por menores que fossem. O encanto e a inocência tinham que ser mantidos.

Aquele passarinho só voou graças a imaginação da minha avó. E eu a agradeço por isso.